Doença, que atinge cerca de 10% dos brasileiros, é caracterizada por conjunto de sintomas que vão desde tristeza duradoura até problemas para dormir.
A depressão afeta 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é mais prevalente entre mulheres. No Brasil, cerca de uma em cada dez pessoas sofre com o problema. Embora seja uma doença comum, a moléstia carrega estigmas que dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento adequado.
O primeiro deles está no fato de a depressão ser um transtorno mental. “Percebemos que o preconceito com as doenças mentais faz com que muitos pacientes, principalmente os homens, demorem a aceitar que têm o problema e a procurar um médico, atrasando o tratamento”, diz Rodrigo Martins Leite, psiquiatra e coordenador dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
Limite – Além do preconceito com os transtornos mentais, a dificuldade de interpretar os sintomas faz com que uma pessoa demore a procurar ajuda. Os sinais podem ser confundidos com sentimentos naturais do ser humano, como tristeza, indiferença e desânimo. Esses sentimentos passam a configurar um quadro de depressão clínica quando a variação do humor começa a afetar negativamente vários aspectos da vida do paciente – da produtividade no trabalho e nos estudos às relações com outros indivíduos, passando pela qualidade do sono e a disposição física para realizar as atividades do dia a dia.
“Muitas vezes é difícil diferenciar a tristeza comum da depressão. O humor das pessoas nunca é constante, sempre vai existir uma variação. Uma situação negativa pode desencadear tristeza, luto. Isso é diferente da depressão clínica, que é uma síndrome que vem acompanhada por outros sintomas”, explica Mara Fonseca Maranhão, psiquiatra da Unifesp e do Hospital Albert Einstein.
Definição – Os critérios atuais para diagnóstico da depressão – estipulados por entidades médicas como a OMS e a Associação Americana de Psiquiatria – determinam que, para ser detectada com a doença, uma pessoa deve apresentar ao menos cinco sintomas do transtorno. Entre eles, um deve ser obrigatoriamente o humor deprimido (tristeza, desânimo e pensamentos negativos) ou a perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas ao paciente. Os outros sintomas podem incluir alterações no sono, no apetite ou no peso, cansaço e falta de concentração, por exemplo.
Segundo o psiquiatra Rodrigo Leite, os critérios dizem que esse conjunto de sintomas deve ser apresentado pelo paciente na maior parte do dia, todos os dias e durante pelo menos duas semanas para que seja considerado como sinais de depressão. Por isso, estar atento a sintomas como esses – e a duração deles – é importante para que uma pessoa procure um médico e saiba se precisa ser submetida a um tratamento.
Doença do corpo – As causas exatas que levam à depressão ainda não são completamente conhecidas. “Sabe-se que situações como problemas financeiros ou conjugais, desemprego e perda de um ente querido alteram estruturas cerebrais que são sensíveis a hormônios relacionados ao stress, especialmente ao cortisol. Com isso, há um desequilíbrio no cérebro que desencadeia os sintomas depressivos”, explica Leite.
Apesar disso, a depressão não é uma doença apenas do cérebro – e levar esse fato em consideração é essencial para o sucesso do tratamento. “As pessoas precisam saber que, diferentemente do que se pensava antes, a depressão não afeta apenas o cérebro, e o tratamento não depende exclusivamente de antidepressivos. Hoje, sabemos que essa é uma doença de todo o organismo”, diz Rodrigo Leite.
De acordo com o psiquiatra, cada vez mais a ciência mostra que a doença está relacionada a problemas como baixa imunidade, alterações dos batimentos cardíacos e acúmulo de placas de gordura no sangue. Ou seja, a depressão é também um fator de risco a doenças como as cardíacas, incluindo infarto e aterosclerose. “Ainda não está claro de que forma a depressão leva a essas condições, mas sabemos que a relação existe”, diz Leite.
Por esse motivo, o tratamento da depressão não deve incluir apenas antidepressivos. “Pessoas com depressão também precisam evitar hábitos como sedentarismo, tabagismo e má alimentação, que predispõem mais ainda uma pessoa a doenças cardiovasculares. Os pacientes devem saber que mudar esses hábitos é tão importante no tratamento quando os medicamentos.”
Os psiquiatras alertam que as pessoas, assim que notarem que apresentam sintomas depressivos – e que eles são duradouros -, devem consultar um médico. “O tratamento contra a depressão com antidepressivos, psicoterapia e mudanças de estilo de vida é eficaz, principalmente se for iniciado precocemente”, diz Mara Maranhão.
O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, que pode envolver sentimentos como tristeza, indiferença e desânimo. Todos esses sentimentos são naturais do ser humano e nem sempre são sinônimo de depressão, mas, se somados a outros sintomas da doença e persistirem na maior parte do dia por ao menos duas semanas, podem configurar um quadro de depressão clínica. “O humor deprimido faz com que a pessoa passe a enxergar o mundo e a si mesma de forma negativa e infeliz. Mesmo se acontece algo de bom em sua vida, ela vai dar mais atenção ao aspecto ruim do evento. Com isso, o paciente tende a se sentir incapaz e sua autoestima diminui”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite, do Instituto de Psiquiatria da USP.
Perder o interesse por atividades que antes eram prazerosas é outro sintoma importante da depressão. O desinteresse pode acontecer em diferentes aspectos da vida do indivíduo, como no âmbito familiar, profissional e sexual, além de atividades de lazer, por exemplo. “O paciente também pode abrir mão de projetos por achar que eles já não valem mais o esforço, deixar de conquistar novos objetivos ou de aproveitar oportunidades que podem surgir em sua vida”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite.
Pessoas com depressão podem passar a dormir durante mais ou menos tempo do que o de costume. É comum que apresentem problemas como acordar no meio da noite e ter dificuldade para voltar a dormir ou sonolência excessiva durante a noite ou o dia.
Pessoas com depressão podem apresentar uma perda ou aumento do apetite — passando a consumir muito açúcar ou carboidrato, por exemplo. Segundo o psiquiatra Rodrigo Leite, não está claro o motivo pelo qual isso acontece, mas sabe-se que, somado a outros sintomas da doença, a alteração do apetite que persiste por no mínimo duas semanas aumenta as chances de um paciente ser diagnosticado com depressão.
Mudanças significativas de peso podem ser uma consequência da alteração do apetite provocada pela depressão — por isso, são consideradas como um dos sintomas da doença.
Em muitos casos, a depressão também pode prejudicar a capacidade de concentração, raciocínio e tomada de decisões. Com isso, o indivíduo perde o rendimento no trabalho ou nos estudos. Segundo a psiquiatra Mara Maranhão, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a depressão pode impedir que o paciente trabalhe ou estude, ou então faz com que ele precise se esforçar muito para conseguir concluir determinada atividade.
7.Cansaço
Diminuição de energia, cansaço frequente e fadiga são comuns em pessoas com depressão, mesmo quando elas não realizaram esforço físico. “O indivíduo pode queixar-se, por exemplo, de que se lavar e se vestir pela manhã é algo exaustivo e pode levar o dobro do tempo habitual”, segundo o capítulo sobre depressão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), feito pela Associação Americana de Psiquiatria.
Em casos mais graves, pessoas com depressão podem apresentar pensamentos recorrentes sobre morte, ideação suicida ou até tentativas de suicídio. A frequência e intensidade dessas ideias podem mudar de acordo com cada paciente. “As motivações para o suicídio podem incluir desejo de desistir diante de um obstáculo tido como insuperável ou intenso desejo de acabar com um estado emocional muito doloroso”, de acordo com o DSM-5.
Autor: Vivian Carrer Elias
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Sou diagnosticada c depressão, tomo remédio , mas mesmo assim me sinto triste o tempo todo. Executo tudo q é essencial tipo trabalho banho etc. Mas é como se eu estivesse no automático. Simplificando sinto q vivo por viver. Só uma obs nunca pensei em me matar , penso em morrer mas me matar não! # Motivo Deus.
Oi Adriana, junto do tratamento psiquiátrico você deveria fazer uma terapia. Converse com o seu médico e lhe explique o que ocorre, talvez ele tenha que mudar ou alterar a dose da medicação. Abraços.
eu também tenho depressão tomo medicamentos as vezes quatro por dia mas mesmo assim tenho depressão, mas trabalho faço as coisas, mas me sinto as vezes muito desanimada com a vida esto u em busca de um segundo emprego mas não consigo nada.
tenho todos esses sintomas e mais alguns que não consigo definir,comecei a passar em uma psicóloga e ela me disse que não sofria com essa doença do século, a cad dia que passa os sintomas aumentam,choro constantemente e não consigo me adaptar em nenhum emprego o que devo fazer.
Marcia Cristina, obrigada pela confiança, procure um médico psiquiatra, ele saberá lhe diagnosticar e indicar o melhor tratamento. Abraços.
Sinto todos os sintomas há 10 anos, o pensamento e a vontade de me matar só aumenta, não sei mais o que fazer...
Meus sintomas são todos esses o meu me levou a ingordar muito que esta agravando a situação pra mim
Verdade.passei tudo isso..acredito que não tem cura sempre estou com esse sintomas depois que tive minha vida mudou radicalmente.vivo por viver não tenho prazer as vezes procuro algo que mim motive mas sem respostas
Sou bipolar em tratamento. Gostei muito do seu artigo. Gostaria de saber se posso copia-lo em meu blog. Já passei por todos os sintomas descritos. Mas, estou muito melhor e gostaria de ajudar quem sofre com "a danada depressão". Mostrando que é possível superar a autonomia da depressão.
Você pode usar nossa URL de compartilhamento. Um beijo.
Tomo fluxetina a 7 anos mais eu acho q nao esta mais fazendo efeito e minha medica nem olha pra mim so passa a receita do diazepan e fluxetina 20 mlg oque faço? Obrigada
Oi Lucy, você não acha que seria bom procurar um novo médico? Abraços.
Lucy aqui e Simone
Então procura a homeopatia eu tive depressao me curei com homeopatia
Eu tive depressão e tinha todos esses sintomas até hoje tomo anti depressivos me sinto ótima agora, durmo muito bem sem ajuda de remédios no início eu precisava de remédios para dormir agora não preciso mais e já vou começar a diminuir a minha dosagem de remédios
Vamos nos cuidar gente tem cura
Beijo
minha namorada esta com depressao, e quis terminar o relacionamento, ela não tem vontade de estudar, trabalhar ou seja esta totalmente desanimada. ela deve ir em um psycologo ou psyquiatra?
Oi Claudio, tudo bem? Ela deve ir ao psiquiatra e encaminhada ao psicanalista.
Tenho sintomas de desânimo e muito pessimismo, nada para mim tem graça, e o que mais me incomoda é uma enxaqueca horrível! Toma 3 amitripitilina para dormir!O que fazer?
Procure uma psicoterapia Paula, lhe fará muito bem. Abraços.
Passei por uma depressão com a morte de.minha mãe. Com um ano de tratamento com fluoxetina e somalium fui melhorando. Mas agora aconteceram duas coisas muito graves em minha vida eu me sinto péssima. Não consigo dormir e nem gostar de fazer nada que eu gostava de fazer, a única coisa q quero é ficar no meu quarto. Acho que.mesmo lutando contra tenho início de uma nova depressão. Isso é normal? O que devo fazer? Contínuo tomando os remédios. Mas mesmo com eles n consigo dormir.
Olá Cristy, vá ao seu médico e lhe informe como se sente e busque uma psicoterapia. Um abraço.