18/05/2015 – Quinta aula

Existe tema mais presente em nossa vida que a Culpa? Em mais esta aula de Psicanálise, me deparei com 15 (sim, uau, QUINZE) características de quem sente culpa. Entenda que não estou preocupado com a culpa por roubar uma bala do pote da vovó. Esqueça a culpa por quebrar um copo e acusar o irmão. Abordaremos aqui somente a culpa desproporcional. E já é muita coisa. Perceba:

1. Preocupa-se excessivamente com a opinião dos outros;
2. Sente-se mal quando recebe algo, pois na verdade não se considera digno de aceitar;
3. Fala repetidamente sobre o que motivou a sentir culpa;
4. Raiva reprimida;
5. Tem dificuldade em assumir responsabilidade pelos próprios atos;
6. Sente-se rejeitado;
7. Responsabiliza o outro pelo próprio sofrimento;
8. Sente-se vítima;
9. Geralmente se pune ficando doente, ou sendo vítima constante de acidentes, ou seja, autopunições constantes;
10. Tem dificuldade em expressar os reais sentimentos;
11. Não consegue falar não;
12. Possui necessidade em agradar;
13. Está sempre fazendo algo pelos outros e raramente para si mesmo;
14. Não consegue administrar o tempo, pois está sempre sobrecarregado;
15. Tem baixa autoestima, falta de amor próprio

A cada tópico que o professor citava e descrevia, cenários e histórias de vida passavam pela minha mente como se estivesse assistindo uma maratona de filmes em sequência frenética e ininterrupta. O que é mais impressionante é constatar que, apesar de minha boa autoestima e o contentamento com a fase que vivo atualmente, alguns tópicos insistem em cair como uma luva diante de mim. Ora, se do ponto de vista psicanalítico a base desse sofrimento chamado culpa é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido, o que será que estou realmente sentindo?
Sem a menor hipocrisia, fica cada vez mais óbvio que é muito mais fácil olhar para as falhas do outro que às suas. Não é à toa que nós só conseguimos nos ver através do outro, como escrevi no artigo anterior. Também não é à toa que a análise é tão bem-vinda.
Agora, sem dúvida, a observação mais importante que posso fazer depois de encarar 1 mês de curso é constatar que o amor realmente é a chave para qualquer tipo de problema. Após o desfecho de cada aula, o sentimento é o mesmo: nós podemos nos ajudar e ajudar os outros através de técnicas específicas que aumentam a capacidade mental e proporcionam o despertar para a nossa realidade, não aquela imposta por conceitos morais, éticos e retrógrados. E a base desse despertar, o estopim da bomba, a cereja do bolo (como queiram), chama-se Amor.
Sem ele, construímos castelos de cartas, sem alicerce e de paredes frágeis. Com ele, alcançamos uma mudança de mentalidade e iluminação para conquistar nossos objetivos com mais exatidão e, principalmente, de acordo com o que sentimos e somos de verdade no mais profundo inconsciente. Perceba como os 15 tópicos caem, um a um, quando colocamos o Amor para combater tais sentimentos. Se as pessoas entendessem que a felicidade só é conquistada através do conhecimento, muitas dúvidas seriam simplesmente extintas. Sem punição, sem medo, sem culpa.

Rodrigo Stucchi
Assessor de Comunicação, jornalista literário, escritor, designer gráfico e futuro psicanalista

Natthalia Paccola

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