A maternidade já é uma tarefa e tanto, que acaba ficando mais pesada quando a criação tem que ser assumida sozinha. Mas algumas dicas ajudam a superar essa situação.
Se ser mãe, por si só, já não é uma tarefa fácil, enfrentar a maternidade sem a figura paterna, então, torna-se um desafio ainda maior. É triste pensar assim, mas o fato é que qualquer uma de nós está sujeita a passar por essa situação. Separação do casal, recusa do pai em assumir o filho e morte inesperada são duras realidades enfrentadas por muitas mulheres.
Imprevistos acontecem, mas a grande questão aqui é saber como contorná-los. E a pergunta que não quer calar é: mãe e filho podem ser plenamente felizes sem a presença do pai na família?
“Ser mãe solteira não é fácil, mas também não é impossível. Não poder contar com o apoio físico e emocional do parceiro exige uma boa dose de maturidade e coragem pela mãe para assumir um duplo papel”, destaca a psicóloga Ellen Queiroz. Significa ter que lidar com seus medos, angústias, ansiedades e inseguranças e ainda criar mecanismos de autodefesa para si e para o bebê.
Quando o pai não está…
O primeiro grande desafio é a questão biológica. Enquanto a mãe representa o ambiente primitivo onde o bebê é gerado e atua na fase mais importante da estruturação da personalidade, o pai representa a quebra da simbiose entre mãe e bebê.
“A função paterna possibilita a inserção do sujeito na cultura. Além disso, a figura do pai é caracterizada por dar limites, trazer para o filho a noção de lei”, resume a psicóloga Maria Eduarda Rosa.
É claro que avôs, tios, amigos próximos e professores podem funcionar como substitutos à figura paterna ausente, desde que vejam a criança com frequência e desfrutem de sua presença. “Mas para que o lugar do pai seja ocupado, a mãe tem que deixar clara sua ausência”, explica Ellen. E, para isso, não há caminho melhor do que a sinceridade.
Procure falar do pai para a criança desde cedo, para que ela possa saber a respeito de suas origens, seja qual for. Seu pequeno precisa sentir que tem um canal de comunicação aberto com você. Sendo assim, quando começarem a surgir as perguntas sobre a ausência do pai, evite desconversar ou dar desculpas fantasiosas.
Também não se irrite com tantos questionamentos que poderão surgir. “Tente ajudar seu filho a elaborar a falta que sente do pai, deixando-o expressar seus sentimentos”, aconselha Maria Eduarda.
Ao contrário do que muitos pensam, não existe uma idade em que as crianças sofram mais ou menos com a ausência paterna, nem maior predisposição de meninos ou meninas para enfrentar essa situação. Outro preconceito comum que precisa ser derrubado é achar que filhos de pais separados tendem a ser mais problemáticos. Engano dos grandes, segundo Ellen.
Batalhas pela frente
Talvez um dos maiores desafios da mãe solteira é não tentar compensar a falta da figura paterna com uma superproteção. Esse é o típico comportamento bem-intencionado que acaba gerando efeitos bastante indesejáveis na personalidade das crianças.
Segundo Maria Eduarda, “uma criança superprotegida tende a não ter autonomia, ser muito dependente, possuir medo de enfrentar situações diferenciadas, dificuldade de relacionar-se com outras pessoas, ter falta de iniciativa, se isolar em mundos alternativos – como o virtual, em computadores e videogames -, ser muito insegura e impaciente”. E ninguém quer isso para os filhos, certo?
Como lidar com todo o processo
Não é fácil, sabemos. Entretanto, algumas atitudes são necessárias para conseguir trilhar o caminho de sucesso, ao lado do seu filho. Confira uma seleção de dicas rápidas da psicóloga Ellen para ajudar mães solteiras a lidarem com toda a situação:
Fonte: disneybabble.uol.com.br
Foto: Getty Images
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