A primeira e principal razão pela qual as pessoas legais (mais para generosas, honestas, dóceis e com dificuldade de dizer NÃO) têm mais medo do amor do que as folgadas (mais para egoístas, menos sinceras, intolerantes a frustrações, agressivas e que defendem bem seus interesses) deriva do fato de que as primeiras amam de verdade enquanto que as últimas gostam mesmo é de ser amadas. O medo de mergulhar para valer no mundo deste sentimento é maior justamente nos que são mais fascinados e atraídos por ele. Trata-se do medo, entre outros, de se “diluir” no outro e perder a individualidade.
As mulheres legais também têm mais medo do amor do que as folgadas, que costumam ser as mais ousadas e exibicionistas, demonstrando clara preferência pelo universo do erotismo e da vaidade do que o da ternura e do romance. Ao mesmo tempo, todas as moças, até hoje, crescem com a ideia de que o casamento é o coroamento de uma fase da vida e representa um importante avanço psicológico e social. O casamento deve estar fundado no amor e isso gera forte contradição: o amor quando correspondido dá muito medo e é justamente este o primeiro critério para a escolha de um parceiro com quem se possa casar bem.
Na prática, homens e mulheres competentes para amar se ligam aos seus opostos, os mais folgados e que querem mais que tudo ser amados. Nesta condição não se sentem tão ameaçados e caminham firmes na direção do casamento. Quando o parceiro é legal o medo é muito forte porque a reciprocidade “esquenta” demais a intimidade. Nas mulheres, o projeto matrimonial reforça o desejo de ficar junto do amado; a aliança de ambos os anseios pode se tornar mais forte que o medo.
Nunca ouvi da boca de um homem que o seu maior sonho era casar e ter filhos! Não pensam nisso como um avanço social e muito menos como meio de resolver qualquer aspecto prático essencial. Nem mesmo o desejo de ter filhos costuma ser tão forte como nas mulheres. Assim sendo, a única força que os impulsiona na direção do amor (e eventualmente do casamento) é o desejo de estarem juntos de suas amadas. Não há alívio para o medo, não há o reforço de outras variáveis na direção do amor. Quando decidem ficar com uma mulher o fazem com muita coragem e exclusivamente por força do sentimento: talvez sejam mais românticos do que se diz. Até mesmo mais que elas!
Um palpite: sempre que o medo ligado ao amor for muito intenso, considerar com seriedade a possibilidade de que se está diante de uma parceria muito legal e promissora!
Autor: Flávio Gikovate
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verdade, muitas pessoas dizem eu te amo, mas no fundo, apenas não querem deixar de serem amadas.
adorei a matéria, me esclareceu muito bem, o que vem acontecendo com os relacionamentos.
Geralmente gosto e compartilho dos posts. Mas não concordo com as definições apresentadas: "...pessoas legais (mais para generosas, honestas, dóceis e com dificuldade de dizer NÃO)"...isso me soou um pouco pejorativo. Parece mais uma pessoa sem vontade própria. A definição de "folgadas" também me pareceu inapropriada. Talvez eu não tenha entendido realmente.
Oi Sérgio, tudo bem? Realmente não são todos os textos que nos tocam e que nos identificamos, assim como acontece na vida real.
Não concordar, debater e mostrar ideias diferentes também faz parte do processo evolutivo. Um abraço.
Olá.
Estava pesquisando por receitas para diabéticos e encontrei este artigo, bem esclarecedor sobre o assunto.
Goste...